Família

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segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Prisão Domiciliar



Prisão Domiciliar


                Baseado em observações resolvi emitir um pequeno parecer sobre uma questão simples para quem vê de longe mas complexa, bem complexa para quem esta vivendo.
                Os relacionamentos são sempre uma incógnita, cada um vive da forma que escolhe, que se deixa, que se permite ou que o outro quer. Não é privilégio da falta de recursos os relacionamentos violentos que acabam em delegacias, tampouco privilégio da juventude e sua avassaladora forma de amar o ciúmes que acaba em atos e atitudes inapropriados para quem ama.
                Sempre existiram sadomasoquismos mas não é este tipo de relacionamento que se esta em questão o que esta em pauta é a violência e suas diferentes formas. “Amar é mesmo complicado!”
                Ai que entra a prisão domiciliar, os mais independentes dirão que isto é um delírio que imagine nesta época vai existir este tipo de coisa esdrúxula, bem a explicação esta na primeira frase que usei.
                Hoje algumas mulheres ainda podem estudar, trabalhar, levar os filhos em parques, praças, jogos aparentemente uma vida normal, o que não é normal é que seja apenas isto, que daí não passe, que seja somente o tempo necessário, que os olhares estão todos para elas. Sim existem os desocupados que dedicam seu tempo a observar, existem os profissionais que dedicam seu tempo a observar, pagos ou não a vigia acontece e ninguém ousará a tentar burlar o tempo livre com acréscimo de cinco minutos.
                Será que nunca ninguém viu uma colega justificar o não comparecimento em um jantar da empresa, uma aluna resolver não ir na formatura, uma mãe não comparecer no clube de Mães, chás de fralda, jogos de vôlei, manicure, massagens, visitas que insistentemente batem em uma porta que não será aberta, são n compromissos com justificativas vans cabíveis e aceitáveis mas que só servem ara mascarar a realidade que é o você não vai teu lugar é em casa.
                Algumas rebeldes ousam vingar-se a sua maneira importando-se pouco com as consequências, são marmitas enviadas para os maridos no trabalho: vazias, camisas manchadas, documentos perdidos, celular lavados nos bolsos das calças, poderia relacionar caminhões de vingancinhas que na realidade acabam se voltando para as próprias.
                Recordei-me que este assunto já esteve em pauta o tema era Cinderela, complexo de Cinderela. Para as que sofrem é muito triste e constrangedor, deveria se constrangedor para os que tornam a vida de outros seres humanos um fardo pesado, deveria haver um medidor de atitudes e cada vez que estas não condissessem ele soar um alarme tão forte que atrairia os olhares e a foto aparecesse nos outdoors, nos jornais, revistas, redes sociais, assim talvez o constrangimento tornasse algumas pessoas melhores não pela consciência mas pela exposição por que quem humilha e judia não tem não tem noção do mal que acaba fazendo.

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