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segunda-feira, 11 de junho de 2012

Artrópodes - 6ª série - Texto


Filo dos Artrópodes
Contém a maioria dos animais conhecidos, aproximadamente 1.000.000 de espécies, sendo muitas delas extremamente abundantes em número de indivíduos. O filo é um dos mais importante ecologicamente, pois domina os ecossistemas terrestres e aquáticos em número de espécies ou indivíduos ou em ambos. O corpo é segmentado externamente em graus diversos e as extremidades pares são articuladas, sendo diferentes em forma e função. São revestidos por um exoesqueleto de quitina. Seu sistema nervoso, olhos e outros órgãos sensitivos são proporcionalmente grandes e bem desenvolvidos. Este é o único grande filo de invertebrados com membros adaptados à vida terrestre, independente de ambientes úmidos, além de que os insetos são os únicos invertebrados capazes de voar. As diversas espécies são adaptadas a vida no ar, na terra, no solo e em água doce, salobra e salgada. Sua simetria é bilateral, apresentam sistema circulatório lacunar, respiram por brânquias, traquéias, pulmões ou pela superfície do corpo. Têm glândulas especiais de excreção e sistema nervoso com gânglios dorsais. Os sexos são geralmente separados em macho e fêmea e a fecundação é geralmente interna, podem ser ovíparos e ovovivíparos, geralmente apresentam estágio de larva e sofrem metamorfose. A maioria dos zoólogos acredita que os artrópodos provavelmente surgiram de algum grupo primitivo de poliquetos. Há cinco principais classes de artrópodes, que estudaremos em seguida.

Insetos:

Maior classe dos artrópodes com mais de 700 mil espécies. Apresentam um esqueleto externo (exoesqueleto) de quitina, sofrem muda (troca de esqueleto) conforme o crescimento, tem o corpo dividido em: cabeça, tórax e abdome e ainda 6 patas. Possuem um par de antenas, há dois pares de asas, mas espécies com um par ou ainda sem asas. Sofrem metamorfose, após a cópula e a fecundação, a fêmea deposita os ovos que se transformam em larvas, depois em pupas e no final na forma adulta do inseto.  Sua respiração é traqueal, sendo esta ramificada pelo corpo. Seu aparelho circulatório é lacunoso (coração e câmaras). Seu aparelho bucal pode ser mastigador ou triturador, sugador, picador e lambedor. Eles têm grande importância ecológica e podem estar relacionados com a transmissão de doenças. Exemplos de insetos: pulga, mosca, barata, borboleta, abelha, besouro, formiga e pernilongo.

Aracnídeos:

São artrópodes quelicerados e com um par de palpos. Seu corpo é dividido em cefalotórax e abdome, além dos 4 pares de pernas.  Não apresentam asas e antenas. Seu desenvolvimento é direto, a maioria é peçonhenta e alguns são parasitas.  Sua respiração é filotraqueal.   São exemplos de aracnídeos: as aranhas, os escorpiões e os ácaros.

Crustáceos:

São artrópodes geralmente aquáticos. Apresentam o corpo dividido em cefalotórax e abdome, este fica protegido por uma crosta de quitina e calcário que forma o exoesqueleto. Os microcrustáceos são de grande importância ecológica, pois formam o plâncton.  Apresentam dois pares de antenas e vários pares de pernas, sendo algumas modificadas em forma de remos (birremes). Sofrem metamorfose, pois as fêmeas depositam seus ovos após a fecundação que irão se transformar em larvas e mudar até atingir a fase adulta. São exemplos de crustáceos: paguro, camarão, lagosta, lepa, siri e caranguejo.

Diplópodes e Quilópodes:

São animais de corpo alongado e segmentado, isto é, dividido em segmentos ou anéis.  Apresentam vários pares de patas e um par de antenas. Os quilópodes apresentam um par de patas por anel ou segmento, são animais mais velozes e apresentam forcípulas, um exemplo é a lacraia. Os diplópodes apresentam dois pares de pata por anel ou segmento, sua antena é menor e conseguem se enrolar, um exemplo é o piolho de cobra.





















Artrópodes (Arthropoda)
O filo Arthropoda (Artrópodes) é um conjunto muito grande de animais, o maior grupo com espécies descritas. A enorme diversidade de adaptação destes animais permite que sobrevivam em todos os habitats. São animais que, como os anelídeos, apresentam metameria (corpo segmentado), embora em aracnídeos e crustáceos haja uma tendência de diminuição desta metameria e, em ácaros e caranguejos ela não existe. Compreende o grupo dos insetos, crustáceos, aracnídeos, quilópodes e diplópodes.

Apesar dos artrópodes competirem com o Homem por alimento e provocarem doenças, são essenciais para a polinização de muitas plantas e são também utilizados como alimento e para a produção de produtos como a seda, o mel e a cera (Hickman et al., 1997).
Exoesqueleto

Os artrópodes possuem um
exoesqueleto formado por quitina, que cobre o corpo todo. A cutícula é dividida em placas separadas, permitindo a movimentação do animal. Os esqueletos cuticulares, tanto do corpo como dos apêndices encontram-se unidos entre si por membranas articulares, formando uma articulação em cada união, daí o nome artrópodes, que significa pés articulados.

O esqueleto é secretado pela hipoderme, que é a camada tegumentar subjacente. Nos crustáceos ocorre uma deposição do carbonato de cálcio e fosfato de cálcio na formação do exoesqueleto. Normalmente a cutícula é dotada de poros (canais) por onde passam secreções glandulares.

O exoesqueleto apresenta um problema para o crescimento do animal, e a solução disto é ele se livrar deste exoesqueleto para que possa crescer. Este processo é chamado de muda ou ecdise. O animal se desprende do esqueleto antigo e passa a secretar um novo, enquanto cresce, e para de crescer quando a cutícula endurece.

O tempo entre as mudas é chamado de instars. Quanto mais velho o animal, maior é a duração deste processo. As aranhas e os insetos têm um número quase definido de instars, geralmente tendo o último com a maturidade sexual. Já os caranguejos têm mudas por toda a vida. A muda é controlada por um hormônio chamado ecdisona.
Musculatura

Os artrópodes possuem uma musculatura do tipo estriada, que está fixada na parte interna do exoesqueleto. Os músculos e a cutícula trabalham em conjunto para produzir os movimentos, formando um sistema de alavancas. O sistema muscular dos artrópodes é muito parecido com o dos vertebrados, diferindo na posição de fixação dos músculos, que nos artrópodes são fixos na parede interna do exoesqueleto, enquanto nos vertebrados são fixos na parte externa do endoesqueleto. E os músculos dos artrópodes possuem bem menos fibras e menos inervações neuronais.
Circulação

O coração dos artrópodes ocupa posição dorsal e é primitivamente tubular. A circulação é do tipo aberta. O coração varia em tamanho e posição nos diferentes grupos, mas em todos ele possui uma ou mais câmaras com aberturas laterais denominadas óstios. Do coração, o sangue é bombeado para os tecidos por meio de artérias e caem na hemocele, que banha os tecidos e depois volta por vários caminhos para o coração. Possuem hemocianina e hemoglobina como pigmentos respiratórios.
Respiração

A respiração ocorre através da superfície do corpo, de brânquias, de traquéias ou de pulmões laminares. A maioria dos artrópodes terrestres tem um sistema de traquéias altamente eficiente, que entrega o oxigênio diretamente aos tecidos, permitindo uma elevada taxa metabólica. Este sistema limita igualmente o tamanho destes seres vivos. Os artrópodes aquáticos respiram principalmente por um sistema de brânquias, igualmente eficiente (Hickman et al., 1997).
Digestão

Os intestinos anteriores e posteriores são formados a partir da ectoderme e são cobertos por cutícula. O intestino médio é formado pela endoderme. O intestino anterior é responsável pela ingestão, trituração e armazenamento de alimento. O médio é responsável pela produção de enzimas, digestão e absorção. E o posterior é responsável pela formação das fezes.

Sistema Nervoso e órgãos sensoriais

Os artrópodes possuem um alto grau de cefalização. Olhos, antenas e padrões complexos de comportamento exigiram destes animais um cérebro maior e mais desenvolvido. Os quelicerados não possuem antenas. O exoesqueleto de quitina forma uma barreira às terminações nervosas, então estes animais desenvolveram estruturas que driblaram esta barreira, como cerdas, pêlos e canais ou aberturas no exoesqueleto.

A maioria possui olhos, que variam em complexidade de acordo com a espécie. Enquanto uns são pequenos com alguns fotorreceptores, outros são grandes e formam imagens. Os insetos e vários crustáceos possuem olhos compostos, formados por omatídeos, unidades cilíndricas que recebem luz. A imagem final depende do número de omatídeos estimulados. Estes animais formam uma imagem em mosaico, pois as imagens formadas são como peças colocadas junto às outras. Esses olhos compostos são uma grande vantagem para detectar movimento, possuem um amplo campo visual, visto que a córnea destes animais é bem convexa. A córnea de um crustáceo possui um arco de 180o graus ou mais.
Reprodução

Os artrópodes são, em sua maioria, dióicos e muitos utilizam seus apêndices modificados para a cópula. A fecundação é interna nas formas terrestres, podendo ser externa nas aquáticas. O desenvolvimento pode ser direto ou indireto. A cópula e a fecundação variam muito de acordo com a espécie.

Esquema de um artrópode hipotético – modificado. (Fonte: livro “Invertebrates” – Richard C. Brusca/Gary J. Brusca – Sinauer Associates, Inc. – Sunderland, EUA – 1.990).


Referência:

Ruppert, E.E. & D.R. Barnes. 1996. Zoologia dos Invertebrados. São Paulo, Rocca, 6ª ed.


Artrópodes
Dentro do estudo dos invertebrados, o filo artrópodes merece atenção especial. Ele agrupa mais de 800 mil espécies, quantia que supera todos os demais filos reunidos. Além disso, merecem citação a grande diversidade dessas espécies; Sua boa adaptação a diferentes ambientes; as vantagens em competição com outras espécies; a excepcional capacidade reprodutora; a eficiência na execução de suas funções; a resistência a substâncias tóxicas e a sua perfeita reorganização social, caso das abelhas, formigas e cupins.
Os artrópodes são invertebrados que possuem patas articuladas, nome formado de Athros, que significa articulações, o podes que significa pés patas.

Os artrópodes tem uma carapaça protetora externa, que é o seu esqueleto, formada por uma substância resistente e impermeável, chamada quitina, endurecida por conter muito carbonato de cálcio.
Ao crescer, o artrópode abandonam o esqueleto velho, pequeno, e fabrica outro, maior. Esse fenômeno é chamado muda. Ela ocorre várias vezes para que o animal possa atingir o tamanho adulto.
Os artrópodes, no entanto, não possuem apenas patas articuladas, mas sim todas as suas e extremidades, como as antenas e as peças bucais. Os seus membros inferiores são formados por partes que se articulam, ou seja, que se movimentam umas em relação às outras: os seus pés se articulam com suas pernas, que se articulam também com suas coxas, que também se articulam com os ossos do quadril.
CLASSIFICAÇÃO DOS ARTRÓPODES:

Os artrópodes podem ser classificados em cinco classes principais, usando como critério o número de patas.
No de patas Classe Exemplos 6 Insetos Barata, mosquito 8 Aracnídeos Aranha, escorpião 10 Crustáceos Camarão, siri 1 par por segmento Quilópodes Lacraia 2 par por segmento Diplópodes Piolho de cobra INSETOS.
São artrópodes com seis patas distribuída em três partes. Os insetos apresenta o corpo subdividido cabeça, tórax e abdome. Possuem um par de antenas e três pares de patas no tórax. Nas maioria das espécies, há dois pares de asas, mas há espécies com apenas um par e outros sem asas.
O corpo dos insetos e formado por três regiões: cabeça, tórax e abdome. Na cabeça das insetos, podemos notar antenas, olhos e peças bucais.
As antenas são utilizadas para a orientação. Todos insetos tem um par de antenas. Os olhos os insetos possuem dois tipos de olhos:
- 2 olhos compostos, isto é, formados por várias unidades, que permite enxergar em várias direções ao mesmo tempo;
- 3 olhos simples, também conhecidos por ocelos.
Esse conjunto de olhos proporciona aos insetos uma excelente visão. Eles podem enxergar coisas que não são visíveis ao homem.
As peças bucais, todas dotadas de articulação, estão diretamente relacionadas com a alimentação. Assim, as peças bucais podem ser de vários tipos, conforme os hábitos alimentares dos insetos.
O tórax dos insetos é dividido em três partes; em cada uma delas prende-se um par de patas. É ainda no tórax que se prendem as asas, existentes na maioria dos insetos. Quando ao número de asas, existem 3 tipos de insetos: sem asas, com um par de asas e com dois pares de asas.
A Respiração dos insetos se dá através de traquéias, pequenos canais que ligam as células do interior do corpo com o meio ambiente. Ao longo de todo o corpo de um inseto podem ser ver os estimas, pequenas manhas onde se abrem as traquéias.

Os insetos são animais de sexos separados e ovíparos. Depois que os ovos são botados pelas fêmeas, eles se desenvolvem e forma um novo inseto. Alguns insetos tem desenvolvimento direto: do ovo nasce uma forma jovem, que já tem o aspecto do adulto, embora menor. É, por exemplo, o caso da traça. O desenvolvimento da mosca é indireto: ela nasce diferente do adulto, e passa por mudanças na forma do corpo, enquanto se transforma de recém-nascida em adulta. Dizemos que a mosca sofre metamorfose. Todas as formas que tem aspecto diferente do adulto chama-se larvas. Nem todos os insetos apresentam metamorfose, mas ela ocorre na maioria deles. Você já deve ter visto as lagartas das borboletas: elas são larvas que se transformarão em borboletas adultas.
A borboleta bota o ovo em uma folha, e desse ovo nasce uma lagarta, que é a primeira forma de larva desses insetos. Em seguida, a lagarta se transforma, passando por outras formas de larva, até originar a borboleta adulta.
Existem aproximadamente 800 mil espécies de insetos, distribuídas por mais de 30 ordens. Um dos critérios usados para a classificação dos insetos é o número e a forma das asas.
Ordem Características Exemplos Himenópteros asas parecidas com membranas-aqui se incluem insetos sem asas Formiga e Abelha Dípteros duas asas Mosca e Mosquito Coleópteros asas formando estojo Besouro Ortópteros asas retas, formando angulo reto com o corpo Barata e Gafanhoto Lepidópteros asas com escamas Borboleta e Mariposa.
O equilíbrio ecológico, em todo ecossistema, é mantido graças a uma série de relações, algumas positivas e outras negativas.

Uma relação altamente positiva é a que ocorre entre os insetos voadores e as flores. Para que as plantas se reproduzam há necessidade de que o grão de pólen de uma flor seja transportada até outra flor. Esse transporte chama-se polinização, e é realizado pelos insetos voadores e por vários outros agentes. O transporte do pólen, é realizado em grande parte pelos insetos, é de extrema importância na preservação de matas, florestas, jardins, pomares. É, enfim, essencial à preservação de numerosos ecossistemas. Um exemplo de relação negativa é o que ocorre entre o gafanhoto e as plantações. O gafanhoto é um predador voraz e vive em enormes bandos, capazes de destruir rapidamente plantações inteiras. Um outro inseto menos voraz é o bicho-da-seda, uma mariposa cujas larvas alimentam-se de folhas, principalmente de amoreiras.
Embora se alimente dessas folhas, as larvas do bicho-da-seda são muito úteis, pois produzem a seda, tão importante na industrialização de tecidos.

Os insetos trazem poucos benefícios diretos à saúde humana. A abelha, no entanto, é um exemplo de benefício direto, pois produz o mel, que usamos como alimento e possui ótimo valor nutritivo. A maior parte das relações diretas entre os insetos e o homem é nociva. Assim, por exemplo, muitas abelhas, que são tão úteis, são também venenosas, e seus venenos podem provocar forte dor e grande reação local. As picadas de abelha, no entanto, geralmente não causam grandes males.
O maior mal que os insetos causam a saúde humana é a transmissão de outros seres vivos, que causam doenças. É o caso, por exemplo, da mosca-doméstica, que pousa no lixo e em outros lugares contaminados e depois pousa nos nossos alimentos, trazendo sujeira e micróbios. Assim, ela pode causar diversas doenças, como a disenteria.
Outros exemplos de doenças transmitidas por insetos são a elefantíase, a malária, a febre amarela, a doença de chagas e o dengue.

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