A história eu aprendi sempre tem seis lados, ou pontos de vista, sempre que conta-la seremos heroínas ou vítimas impotenciais. A criação com meninos oportuniza certas mudanças de hábitos no ver e pensar feminino. Pode-se dizer que masculiniza o cérebro e um cérebro masculinizado tem lá seus benefícios. Aprende se que certas coisas não devem ser ditas resalvo a presença do advogado , que o que vai causar dupla interpretação deve ser omitido para não comprometer nem milindrar as partes e por aí vai. Porém o privilégio de manter a boca fechada é restrito e não dissipar informações torna-se quase impossível. Mas existe uma coisa chamada bom senso que deveria ser usada para quem não teve a mudança cerebral e na maioria das vezes nem um nem outro impera e somos vítimas de ouvir o que deveria ser omitido. As mulheres tem um receptor interno de alta frequência que oscila e dá informações considero desnecessário os comentários vindos das fontes maldosas pois o que precisamos saber já sabemos o agir ou fingir só a nós diz respeito. Mas as amigas no intuito da ajuda, do não esconder nada uma da outra sempre abrem a boca e acabam falando demais e querendo uma atitude. Ignoram o fato de que antes de falarmos qualquer coisa devemos nos por no lugar de quem vai ouvir. Não se pode dizer "Eu sei " o mundo cai, "sabe e vai fazer o que?" A resposta da pergunta seria apenas "nada" " não vou fazer nada". Mas o mundo quer atitudes e teremos que fazer algo. Cansei dos prints, das fotos, comentários páginas de redes sociais enviados, dos infindáveis monólogos que mesmo não querendo saber, nem ouvir nos obrigam. Amigas a historia que seu amantissimo marido conta como expectador os das outras conta do mesmo ponto de vista. Seu alarme não bipou isto? A partir do momento que se tem um carro as caronas são um fato! As amigas cochicham nos ouvidos também , perguntam se a roupa, maquiagem enfim qualquer coisa lhe caiu bem? E o pior observador é induzido a observar. O ponto de vista que fez minha vida mudar o da manicure cearense que enquanto pacientemente fazia minhas unhas narrava como era o comportamento dos maridos no ambiente quando trabalhavam juntos, confesso ter ficado com calor ao saber e imaginar todos, todinhos felizes e contentes em volta enquanto as coleguinhas cantavam para o dia passar mais rápido e menos exaustivo e aquele marido o mais perfeito o mais maravilhoso, era quem dizia a elas o quanto cantavam mal e arrancava dos outros risos e delas as mais lindas notas e melodias, aquelas que nunca fariam cães uivarem.
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