Família

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sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Tomo guaraná, suco de cajú


Materiais para trabalhar sobre AS PLANTAS.

Música de Tim Maia, do Leme ao pontal

-Que Beleza! Maravilha!
"Quem não dança
Segura a criança!"
Do Leme ao Pontal
Não há nada igual
Do Leme ao Pontal
Do Leme ao Pontal!
Não há nada igual...(3x)
-Olha o breque!
Sem contar com Calabouço
Flamengo, Botafogo
Urca, Praia Vermelha...
Do Leme ao Pontal
Não há nada igual
Do Leme ao Pontal
Do Leme ao Pontal!
Não há nada igual...
Do Leme ao Pontal
Do Leme ao Pontal!
Não há nada igual
Do Leme ao Pontal
Do Leme ao Pontal!
Não há nada igual...(2x)
-Olha o breque!
Sem contar com Calabouço
Flamengo, Botafogo
Urca, Praia Vermelha...
Tomo guaraná, suco de cajú
Goiabada para sobremesa...(17x)

Fonte: 


Vamos todos tomar caju!



Amarelo crepúsculo não é cor do sorriso da mocinha da saga literário-cinematográfica ao dizer para o lobisomem que prefere o vampiro. Não. Amarelo crepúsculo é um corante amarelo alaranjado produzido a partir de hidrocarbonetos aromáticos derivados de petróleo. Costuma ser adicionado a refrigerantes, bebidas isotônicas, geleias, doces de frutas, misturas prontas para refrescos ou sopas, margarinas, preparados para gelatinas de frutas cítricas, farofas, salgadinhos, macarrão instantâneo, sorvetes, comprimidos farmacêuticos e medicamentos infantis. Boa parte dos produtos industrializados com cores artificiais em amarelo, laranja ou vermelho tem sua dose de amarelo crepúsculo.
Nos países com legislação mais rigorosa, o uso do amarelo crepúsculo éproibido, devido à possibilidade de causar alergias e por conter, frequentemente, o corante Sudan I como impureza, considerado carcinogênico (causador de câncer). Mas no Brasil ainda é largamente utilizado. Pelo menos enquanto não entra no mercado o corante amarelo alaranjado natural, produzido a partir dobagaço de caju (Anacardium occidentale).
A boa notícia é que o processo de produção já tem patente depositada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em conjunto com oCentre de Coopération Internationale en Recherche Agronomique pour le Développement (Cirad), o Centre International d’Études Supérieures en Sciences Agronomiques (Montpellier SupAgro), ambos da França, e a empresa cearenseSabor Tropical. E a intenção é começar a produzir o novo corante ainda em 2012.
Com a pesquisa, o engenheiro de alimentos Fernando Antonio Pinto de Abreu, da Embrapa Agroindústria Tropical, obteve o título de doutor em Engenharia de Processos. E o consumidor brasileiro agora tem a chance de trocar a tinta sintética por um corante com carotenoides, substâncias que nosso organismo transforma em vitamina A, também chamadas de pró-vitaminas.
“O corante natural à base de caju é de um amarelo clarificado, como a cajuína, diferente daqueles produzidos à base de urucum, por exemplo. Ele substitui químicos banidos nos Estados Unidos e na Europa e ainda utilizados aqui”, comenta Fernando Abreu. “E a extração do corante é feita a partir do bagaço do pedúnculo de caju, ou seja, é um produto fabricado a partir do que hoje é considerado resíduo pela indústria de sucos”. Segundo o engenheiro, a indústria terá de repensar sua linha de produção, redirecionando o bagaço de caju para a extração do corante, de modo a se beneficiar do valor agregado.
A pesquisa se insere num grande projeto de estudo de frutas apoiado pelaComunidade Europeia e realizado em cinco países da América Latina. No Brasil, a maior parte dos recursos veio da própria Embrapa e Fernando Abreu contou com apoio da colega Lourdes Cabral. Nos dois institutos de pesquisas franceses, o pesquisador conheceu as tecnologias de microfiltragem ediafiltração, que usam membranas para concentrar os elementos desejáveis e eliminar os indesejáveis. Seu trabalho foi desenvolver um processo com estas tecnologias para o bagaço de caju, que foi o objeto da patente.
Já “a participação da empresa privada nos permitiu fazer testes e avaliações em escala maior que a laboratorial, comprovando a viabilidade e o potencial datecnologia para o mercado”, acrescenta Abreu. Ele conta que o engenheiro mecânico Fernando Furlani herdou a Sabor Tropical do pai e resolveu apostar em novas tecnologias e novos produtos, além de manter a produção de cajuína orgânica (suco clarificado de caju). Agora, para tal parceria ganhar “o mundo” falta apenas concluir uma fase de testes toxicológicos, prevista para o segundo semestre.
“Depois disso, continuaremos estudando 11 das moléculas contidas no extrato de caju, de alto interesse comercial”, observa. Conforme acredita Fernando Abreu, é possível separar essas moléculas e fabricar, por exemplo, cápsulas de pró-vitamina A para uso como suplemento alimentar.
Por uma via ou por outra, bom mesmo é ter a alternativa de trocar o químico à base de petróleo pelo corante natural à base de biodiversidade brasileira. Assim, convido a todos para tomar caju!

Foto: Liana John (pedúnculos de caju e garrafa de cajuína)

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